" " NOVA CASTÁLIA: O ITINERÁRIO DO ESCRITOR

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O ITINERÁRIO DO ESCRITOR



Seguir o itinerário da escrita literária significa aceitar a convivência habitual com a solidão e ter a coragem de violar certas regras aparentemente invioláveis.

O escritor alemão Hermann Hesse era filho de teólogos protestantes conservadores. Quando tinha idade suficiente, foi enviado para o seminário, pois seus progenitores decidiram que ele se tornaria presbítero. Mas um artista como Hesse não se sentia satisfeito no ambiente recluso de um seminário. Havia nele o desejo de saltar os muros e conhecer o mundo.

Foi exatamente isto o que ele fez.

Sozinho na Suíça, Hermann Hesse precisou trabalhar como livreiro e operário. Romper com as escolhas dos familiares não representava somente esquecer a possibilidade de uma carreira eclesiástica. Na realidade, o jovem escritor abdicava também de ter uma formação acadêmica.

Chegou a trabalhar mais de 10 horas diárias como livreiro e operário, e, em seu tempo vago, dedicava-se a estudar e escrever com diligência. Sendo assim, transformou-se em autodidata.

Se não tivesse a coragem de enfrentar a solidão de seu período de anonimato e não ousasse trilhar um caminho bem diferente daquele planejado, Hermann Hesse decerto não escreveria Peter Camenzind, Demian, O Lobo das Estepes e O Jogo das Contas de Vidro, obras magistrais que lhe garantiram o Prêmio Nobel de Literatura décadas depois.

Caso você não aceite enfrentar os mesmos desafios, não penso que seja digno de ostentar o título de escritor. 

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