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terça-feira, 28 de abril de 2015

A CNBB E SUAS IMPOSIÇÕES IDEOLÓGICAS



Dia 26 de Outubro de 2014, domingo. A presidente reeleita Dilma Rousseff sobe ao palanque e, diante de seu eleitorado presente, compromete-se a impulsionar, no Brasil, um plebiscito em favor da reforma política. O discurso não representa exatamente uma novidade. Desde sua primeira eleição, Dilma tenta emplacar a reforma que, na opinião de especialistas e alguns representantes da oposição, segue o modelo das reformas colocadas em prática nos governos latino-americanos alinhados ideologicamente ao Partido dos Trabalhadores. De fato, a proposta está entre as prioridades dos movimentos sociais de esquerda. Mas em um cenário de grave bipolaridade eleitoral – Dilma Rousseff não teve, então, uma larga vantagem sobre Aécio Neves (PSDB) –, seria realmente temerário afirmar que a proposta estivesse entre as prioridades de toda a nação brasileira. Pelo contrário, aquela eleição ficara também marcada pelo surgimento de uma direita de rua mais organizada, e também pela composição política mais conservadora tanto no senado quanto no congresso.

Dilma afirmou não acreditar em um país dividido, e estava errada. Rápido, os grupos direitistas afrontaram o governo reeleito com manifestações repetidas que, no dia 15 de Março, arrastaram uma histórica marca de dois milhões de cidadãos em 160 municípios brasileiros. Com gritos de Impeachment e Fora Foro (em referência à organização que reúne partidos e movimentos de esquerda, e é diretamente responsável

pela ascensão dos regimes socialistas no continente), os manifestantes contrariavam, em vias públicas, as expectativas de Dilma Rousseff. Suas prioridades passavam muito distante da reforma política do PT, e consistiam essencialmente no seguinte: combate à ascensão do socialismo na América Latina, investigação de vínculos notórios entre os representantes da esquerda brasileira e o crime organizado, redução da carga tributária e da maioridade penal. Este cenário não permitia, de forma alguma, a suposição de que houvesse um anseio público em prol da reforma política.

Dia 25 de Fevereiro, em Brasília, representantes da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançam, em comunhão, um manifesto defendendo a reforma política. Publicamente, os representantes das instituições afirmam que o manifesto não é partidário, no entanto, a bancada do PT assume, de imediato, oferecer o seu total apoio às propostas ali apresentadas, demonstrando assim a existência de cooperação entre socialistas e bispos católicos – além de advogados filiados a OAB. Sob a influência da TdeL (teologia da libertação), o episcopado brasileiro empreendeu, durante as últimas décadas, campanhas da fraternidade com temáticas propostas pela esquerda católica: reforma agrária, libertação social, ecologia, políticas indigenistas, etc. A tendência ao socialismo dentro da CNBB nunca chegou a ser um segredo. Se ocasionalmente ocorreram atitudes dissonantes – no ano de 2010, a Regional Sul 1 da CNBB emitiu um documento alertando os católicos a respeito da posição abortistas de Dilma Rousseff – essas situações contrastavam com o histórico da instituição.

Dentro da Igreja Católica sempre existiu certa insatisfação com a influência de ideologias socialistas nas diretrizes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Mas até então esse desconforto se mantinha limitado a indivíduos isolados e grupos carentes de representatividade. Isso se devia, naturalmente, à inexistência de uma direita no cenário do país. O ressurgimento dessa mesma tendência política demonstrando forças através de suas manifestações, conquistando o diálogo com líderes da oposição, tornando possível o debate sobre impeachment, e atemorizando membros da presidência certamente começará a mostrar que todas as transformações sociais e políticas acabam tendo reflexos também no campo religioso. Se aos católicos mais tradicionalistas faltava, até esse momento, o poder de pressão que a massa organizada constitui, é bem provável que as manifestações acontecidas recentemente ofereçam semelhante ocasião para essa mudança. Se os políticos observaram-se pressionados a justificar publicamente suas decisões, é natural acreditar que o episcopado brasileiro se surpreenda pressionado a agir dessa mesma maneira.

Seria bastante democrático!

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quarta-feira, 22 de abril de 2015

OS AVISOS DE NOSSA SENHORA: GUERRA CONTRA O BRASIL E A IGREJA CATÓLICA


                                        
Foi em 2010, estando em Portugal, que tomei conhecimento das aparições marianas em San Sebastian de Garabandal (Espanha), sucedidas na década de sessenta. Como em Fátima, Maria havia escolhido aparecer a crianças de um simples povoado: Conchita González, Mari Loli, Mari Cruz e Jacinta González. O catolicismo atravessava, então, um momento fora do comum: João XXIII havia convocado o concílio que receberia o nome de Vaticano II. Os temas conciliares pareciam indicar aos católicos tempos de renovação e otimismo. Mas em San Sebastian de Garabandal, a mensagem da Santíssima Virgem servia como um contraponto preocupante ao otimismo dos teólogos.

Há que fazer muitos sacrifícios; muita penitência; visitar o Santíssimo; mas antes, temos de ser muito bons. E se não o fizermos virá um castigo. Já se está enchendo a taça, e, se não mudarmos, vir-nos-á um castigo muito grande, disse Maria às videntes de Garabandal.

Os avisos de Nossa Senhora estavam intrinsecamente conectados às aparições anteriores ocorridas em La Salette, Lourdes e Fátima. A humanidade trilhava um caminho demasiado perigoso, e o futuro encontrava-se ameaçado. Nas manifestações de La Salette, a Mãe do Salvador demonstrou-se especialmente preocupada com o destino da Igreja, e utilizando-se de termos bastante acusatórios, chamou os sacerdotes de “cloacas de impurezas”. Desde La Salette, um século praticamente transcorreu até as aparições marianas na Espanha, e, a despeito dos avisos, eis que Nossa Senhora alertava novamente os católicos:


Muito Cardeais, muitos bispos e muitos padres estão no caminho da perdição e levam com eles muitas almas. À Eucaristia é dada cada vez menos e menos importância. Nós devemos evitar a ira de Deus através dos nossos esforços. Se pedirdes perdão com sinceridade de alma, Deus perdoar-lhes-á. Sou eu, a vossa Mãe, que por intercessão de S. Miguel, quer vos dizer para vos emendardes, que já são os últimos avisos e que Eu vos amo muito e não quero a vossa condenação. Pedi-nos com sinceridade e nós vos daremos. Devem sacrificar-se mais. Pensem na Paixão de Jesus.

Pela televisão, ainda em Portugal, ocorreu-me a oportunidade de testemunhar o Papa Bento XVI em sua visita oficial à Inglaterra. Criticavam-se, na ocasião, os altos gastos realizados pelo governo britânico com a recepção do Sumo Pontífice: teólogo muito talentoso, Joseph Ratzinger era considerado excessivamente tradicional pela imprensa e também pela ala modernista do catolicismo. Sob sua responsabilidade estava uma Igreja abalada pelos escândalos de pedofilia. Todos causados por sacerdotes. Muitos o acusavam levianamente de ter silenciado diante dos casos vergonhosos quando ocupava o cargo de cardeal responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé durante o pontificado de João Paulo II. Poucos, no entanto, recordaram que, durante o tempo de seu próprio pontificado, Bento XVI afastou quase 400 sacerdotes devido aos escândalos, empreendendo uma limpeza sem precedentes históricos.

Outro fato terminou no esquecimento: o estado deplorável do clero católico tinha sido motivo de inúmeros avisos nas manifestações de Nossa Senhora durante os séculos recentes.

Os brasileiros, em 2010, testemunhavam os capítulos da eleição presidencial. Dilma Rousseff, a ministra da casa civil e candidata escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, buscava o seu primeiro mandato, enfrentando o ex-ministro José Serra do PSDB, em uma corrida eleitoral na qual as posições pró-aborto de Dilma Rousseff esquentaram os debates entre militantes através da internet. Os noticiários nacional e internacional definiam as eleições brasileiras como um verdadeiro sucesso democrático. Tomando uma posição contrária, o filósofo e articulista Olavo de Carvalho questionava o caráter democrático de um pleito dominado majoritariamente pela agenda ideológica dos partidos de esquerda.


Numa entrevista concedida ao Jornal de Brasília (em 31 de Janeiro de 2010), Olavo de Carvalho disse:

Olavo de Carvalho


Qual é o problema de ser de direita? É proibido? Não tem sentido você proibir a direita e ao mesmo tempo falar em pluralismo democrático. Em todos os países, há esquerdas e direitas… O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes.

O filósofo tratava também de apresentar ao público as relações criminosas entre o PT e terroristas do MIR e das Farc’s. Segundo Carvalho, o presidente Lula e inúmeros comparsas – incluindo Fidel Castro, ditador de Cuba – dedicavam-se a espalhar o socialismo em países da América Latina sob o comando de uma organização internacional conhecida como Foro de São Paulo. O objetivo dos integrantes do Foro consistia simplesmente em reconquistar, no continente sul-americano, aquilo que o socialismo tinha perdido na Europa depois da queda o Muro de Berlim e da União Soviética. Realmente, em tempo recorde, partidos filiados ao Foro de São Paulo assumiram a presidência de Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Uruguai e Equador. O socialismo tornava-se a bandeira de regimes cujas características autoritárias ficavam, cada dia, mais flagrantes.

Mesmo com a exposição de sua atitude pró-aborto, Dilma Rousseff elegeu-se em 2010. O debate acerca do tema, no entanto, acabou escancarando uma candente disputa religiosa no Brasil. Bispos e sacerdotes católicos em comunhão temporária com vários pastores evangélicos denunciaram a agenda anticristã dos petistas, enquanto adeptos de teologias marxistas tentaram defender a candidatura de Rousseff. Surpreendida pela participação de religiosos durante toda a eleição, a imprensa criticou aquilo que lhe parecia um atentado à laicidade do estado, e diversos membros da hierarquia católica foram perseguidos. Tendo retornado de sua viagem à Inglaterra, e então recebendo uma delegação de prelados brasileiros, o Papa Bento XVI recordou aos católicos que o clero tinha não somente o direito, mas também o dever de esclarecer politicamente os leigos em caso de necessidade. Isto não acabou tornando-se um fator determinante, contudo, marcou claramente uma posição do sumo pontífice do catolicismo, a despeito da vitória de Dilma Rousseff.

Todos esses acontecimentos evocaram naturalmente as aparições marianas. Porque era inegável que estávamos assistindo à plena realização da mensagem que Nossa Senhora deixara à humanidade durante suas aparições de Fátima:


... virei pedir a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, e a Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados. Se

atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados; o Santo Padre terá muito que sofrer; várias nações serão aniquiladas.



Um dos passeios que empreendi em Portugal foi a visita ao santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Lá, no ano de 1917, Maria Santíssima viera cumprir outro capítulo de sua missão. Referira-se à Rússia que, meses depois, atravessaria a terrível turbulência de uma revolução comunista. Disse-nos então, claramente, o inimigo contra o qual deveríamos lutar: o comunismo. Porém, a solicitação da Virgem Maria não foi imediatamente atendida, e assim a ideologia comunista difundiu-se sob o comando da Rússia que, dominando em parte o continente europeu, e tendo também conquistado terreno na Ásia e inclusive na América, perpetrou uma sangrenta perseguição ao cristianismo. Calcula-se que, ao todo, os regimes de esquerda assassinaram mais de 100 milhões de indivíduos no mundo inteiro. Portanto, as mensagens de Nossa Senhora em Fátima continham a verdade. Na transição dos anos oitenta para os noventa, com o desmoronamento do bloco soviético, acreditou-se que, enfim, o comunismo acabara. Muitos supostos especialistas afirmavam temerariamente que o Ocidente capitalista vencera em definitivo, com exceção, é claro, de raras mentes lúcidas que, analisando a questão cuidadosamente, afirmaram que o comunismo não estava morto, e decerto acabaria retornando com força absoluta quando menos se aguardasse.

O filósofo Olavo de Carvalho era exatamente um desses raros.

Gastei noites inteiras em Portugal lendo as memórias de Irmã Lúcia, vidente de Fátima, e investigando, através da internet, as demais aparições de Maria Santíssima, em outros lugares do planeta, como aquele que procura as pistas necessárias para desvendar o mistério. Cheguei, desse modo, aos acontecimentos de Garabandal, e foram precisamente essas aparições que me auxiliaram a compreender o momento histórico que estava vivenciando como homem católico e brasileiro.

Por que Nossa Senhora havia aparecido às quatro meninas em San Sebastian de Garabandal?


videntes de Garabandal
Sem dúvida, viera com o intuito de alertar o mundo a respeito dos descaminhos da humanidade. Mas, além disso, a Mãe de Deus mencionara um Aviso, um Milagre e um Castigo. O primeiro acontecimento servirá para acordar os seres humanos e fazê-los compreender a gravidade do pecado. O segundo acontecimento tencionará conduzir muitos pessoas à conversão. Caso os bons frutos esperados não ocorram, e os homens continuem trilhando a rota da perdição, certamente então sobrevirá o referido Castigo. Conchita González, uma das videntes espanholas, conserva em segredo a data precisa do Milagre que se dará em Garabandal, e comprometeu-se a anunciá-lo oito dias antes. Temos tempo suficiente? Eis a questão! Quando esses fatos começarão a desenrolar-se?


Numa entrevista a Albrecht Weber, disse Conchita González:


– Quando o comunismo regressar, então tudo acontecerá.
– O que tu queres dizer com vier de novo?
– Sim, quando ele vier de novo.
– Queres dizer que o comunismo desaparecerá primeiro antes disso acontecer? Nota: é preciso ter em conta que na altura em que o livro (de Albrecht Weber sobre as aparições) foi publicado, o comunismo ainda estava bem vivo em muitos países da Europa.
– Eu não sei. Nossa Senhora disse simplesmente “quando o comunismo voltar de novo." (Fonte www.mensagemdegarabandal.com)


Aquilo que parecia impossível era testemunhado exatamente naquele instante: o ressurgimento do comunismo em uma zona continental (a América Latina). Um evento histórico que, sem dúvida alguma, fora antecipado pelas mensagens de Nossa Senhora, e que acarretaria consequências naturais e sobrenaturais. 

Passados três anos, em 2013, morando novamente no Brasil, via consternado a forma como o socialismo intensificava seu poder de aparelhamento no país, sem encontrar qualquer resistência das autoridades. Sob o pontificado de Bento XVI, naquele momento, o catolicismo sofria outro escândalo: o Vatileaks. Vários documentos oficiais do Papa eram roubados e dados ao público, e como numa tradicional história de mistério, a responsabilidade recaía sobre o mordomo. Outra vez a Igreja achava-se diante de uma situação constrangedora. No dia 11 de Fevereiro daquele mesmo ano,

surpreendendo a todos, Bento XVI anunciou em latim que, dentro de dezessete dias, renunciaria ao trono de São Pedro. Sua motivação declarada era retirar-se para uma vida de oração, frutuosa para um intelectual que decidira oferecer os últimos anos de sua existência ao estudo e à escrita. Muitos desconfiaram da autenticidade daquela renúncia, supondo que Bento XVI havia cedido à pressão de grupos liberais do Vaticano que desejavam um cardeal menos conservador dirigindo a Cúria Romana. Porém, carecendo de maiores indícios comprobatórios dessa desconfiança, restava-nos apenas acreditar nas palavras do Papa:



... bem consciente da seriedade desse ato, com total liberdade declaro que renuncio ao ministério como Bispo de Roma, sucessor de São Pedro.

Poucas circunstâncias na história do cristianismo eram tão singulares quanto o ato de renúncia de um Sumo Pontífice. Somente Ponciano, Celestino e Gregório XII tinham abdicado antes de Bento XVI. Surpreendido também com a decisão de Joseph Ratzinger, evoquei novamente as aparições de Nossa Senhora. Poderia essa ocorrência histórica ter sido antecipada pelas mensagens de Maria Santíssima? Quase automaticamente, recordei-me da entrevista concedida por Conchita González em 07 de Fevereiro de 1974:


Pergunta: Falaste que o dia do Milagre coincidirá com um grande acontecimento da Igreja? Nossa Senhora disse-te em que consistia e podes acrescentar algo a tudo aquilo já que falastes sobre isso?
Resposta: Sim, eu sei em que consiste esse acontecimento. É um acontecimento singular da Igreja que aconteceu em algumas ocasiões e que nunca sucedeu durante a minha vida presente. Não é nada de novo, nem extraordinário, no entanto é algo raro, por exemplo, como a definição de um dogma, algo que afetará toda a Igreja. Ocorrerá no mesmo dia do Milagre, mas não será consequência desse sinal, será apenas mera coincidência.


Teria a renúncia de Bento XVI aberto o caminho para a realização daqueles eventos prenunciados pela Mãe de Deus em Garabandal? Certamente o fato em si acarretava uma série de circunstâncias bem singulares: a coexistência de dois indivíduos carregando, ao mesmo tempo, o título papal (um deles em atividade e o outro afastado das funções); a participação de ambos em cerimônias oficiais da Cúria Vaticana; e até mesmo a possibilidade de um enterro papal oficiado excepcionalmente por um Sumo Pontífice. Situações raras, de fato singulares, mas não extraordinárias. Somente incomuns. Pouco testemunhadas na história da Igreja Católica, e que se encaixavam, indubitavelmente, na declaração dada por Conchita González em entrevista.

Senti que estávamos ingressando em um período de turbulências. Os fatos desenvolviam-se com rapidez, e acredito que poucas pessoas, naquele momento, associavam a crise da Igreja, a ascensão do comunismo na América Latina e as aparições de Nossa Senhora em Garabandal. Um dia após o anúncio da renúncia de Ratzinger, encontrava-me em meu ambiente de trabalho, e tive então uma experiência pessoal bastante invulgar. Pela janela, discerni no firmamento uma formação de nuvem muito estranha. Gosto de contemplar o céu, como é natural, e observo formações ocasionais, porém, aquela específica pareceu desenhar-se como um semblante humano. Sua expressão denotava o terror, e seus olhos estavam direcionados para o alto. Isto me despertou a atenção, no entanto, a característica peculiar daquela nuvem não se

explicava a si mesma. Foram necessários dois ou três dias para que eu entendesse completamente o significado. Naquela mesma semana em que o Papa Bento XVI espantou o mundo todo com sua decisão de abdicar, assistimos, com semelhante estupor, um meteoro atingindo a Rússia e deixando centenas de feridos.


Eis que os protagonistas dessa trama ao mesmo tempo natural e sobrenatural eram alçados à superfície dos acontecimentos.

Outro detalhe relativo às mensagens de Maria Santíssima colocava a Rússia sob os holofotes. Segundo as videntes de Garabandal, certa situação determinante marcaria o princípio daqueles acontecimentos (Aviso, Milagre e Castigo), e essa situação consistia exatamente no seguinte: o Sumo Pontífice realizaria uma visita oficial aos russos. Passada essa visita, quando o Papa retornasse à Europa, surgiriam revoluções comunistas em várias nações, assustadoras violências no território europeu e igualmente uma fortíssima perseguição ao cristianismo. De fato, tendo sido eleito Papa Francisco (o cardeal argentino Bergoglio), cogitou-se quase de imediato uma visita diplomática à Rússia, em resposta a um possível convite do patriarca russo ou de Vladimir Putin. Mas antes mesmo dessa tão aguardada viagem, em 2014, os primeiros sinais de violência tornaram-se finalmente visíveis. No Oriente Médio, grupos islâmicos como a Irmandade Muçulmana, a Al Qaeda e o ISIS deram início a um inesgotável extermínio de cristãos no Egito, no Iraque, na Síria, no Afeganistão, etc. Conforme Maria anunciara, a Grande Tribulação assumia proporções assustadoras, e assim ameaçava disseminar-se rapidamente pelos demais continentes.

Havia, portanto, sinais claríssimos no céu e na terra.

Por aqueles meses, decidi ingressar na vida monástica. Há tempos meditava essa possibilidade e, aos trinta e seis anos, entendi ser o momento. Resolvi-me, então, por uma comunidade existente em Itapecerica da Serra, e o início da experiência ficou marcada para Setembro de 2014. Poucas semanas antes da partida, ainda em casa, sucedeu-me um sonho: estando dentro do mosteiro, em uma ala específica, fui atacado por um invasor. Ele me acertou a cabeça, e imediatamente eu desabei. No mesmo instante, enquanto o invasor continuava acertando-me a cabeça com violência, comecei a rezar ininterruptamente a oração de Nossa Senhora: ave Maria, cheia de graças… Senti-me receoso devido ao sonho, mas não desisti do meu objetivo: fui ao mosteiro. Cristo nos disse “não tenhais medo”, e eu aceitei o conselho. Logo que cheguei à comunidade religiosa, tratei de conversar com o sacerdote responsável pelas vocações. Contei-lhe o sonho, admitindo que talvez estivesse influenciado por aquelas perseguições religiosas ocorridas no Oriente Médio. Ele também concordou.

Pouco a pouco, tentava adaptar-me à rotina monástica sem ainda pertencer à comunidade. Pois durante três meses, os candidatos conviviam com os monges sem utilizar o hábito nem tampouco comprometer-se com os votos. No dia 07 de Outubro, estávamos hospedados na abadia que os monges beneditinos têm no bairro do Morumbi (São Paulo). Ocorriam, naquela ocasião, os primeiros movimentos do Sínodo da Família, convocado pelo Papa Francisco. Falava-se de um esforço realizado por certo círculo de cardeais modernista no intuito de introduzir no debate a possibilidade de comunhão a casais de segunda união e um posicionamento algo abrandado a respeito do união entre pessoas do mesmo sexo. Naturalmente, os jornais tratavam o assunto como uma tentativa de modernização da Igreja Católica. Um aggiornamento tardio, mas oportuno. Naquele 07 de Outubro, durante a manhã, postulantes e candidatos reuniram-se para os estudos. Lia-se, então, um texto de Ratzinger enquanto Papa Bento XVI. Decerto influenciados pelo noticiário do momento, entre os presentes houve uma apologia das posições tomadas pelo grupo liberal de cardeais. Em suma, foi asseverado que a Igreja não poderia conservar-se alheia a fenômenos sociais da época contemporânea. Se novos modelos familiares se tornavam corriqueiros, a eles parecia adequado que a Cúria Romana buscasse alguma adaptação pastoral. Percebi-me na obrigação de discordar. Pois o sentido da mensagem de Cristo não era adaptar a verdade divina aos sabores do tempo. Não era Cristo que deveria assemelhar-se aos homens: os homens é que deveriam buscar a semelhança de Cristo. Caso aceitássemos o contrário, estaríamos invertendo o significado do Evangelho. O debate foi acalorado, e desagradou-me notar como a retórica modernista estava ali bastante arraigada.

No mesmo dia, retirando-me para a cela 118 (ao lado, ficara hospedado o Papa João Paulo II em uma de suas visitas ao Brasil, na década de oitenta), aconteceu-me ter outro sonho. Como no sonho anterior, testemunhei violências contra cristãos, especificamente um ataque à comunidade beneditina de Jundiaí, cujos integrantes bem conheço. Um dos monges acabava, então, baleado na cabeça. Pouco antes, no mesmo sonho, assisti à imagem de uma família morta, e interpretei isto, em seguida, como um sinal de que o Sínodo não caminhava realmente por vias corretas. Os relatos oníricos parecerão estranhos a muita gente, e a primeira conclusão a que os leitores costumam chegar é a de serem consequências naturais de uma imaginação fértil ou somente a reprodução, em estado dormente, de circunstâncias relacionadas ao dia a dia do indivíduo. Um sonho verdadeiramente pode ter esse fundamento. Mas também temos que admitir a possibilidade de receber informações privilegiadas através deles. Isto é absolutamente bíblico, e aconteceu inclusive com personagens que não gozavam sequer da promessa de Deus. Por exemplo, no caso do Faraó, cujos sonhos premonitórios foram interpretados por José. Pois bem, ainda naquele mesmo sonho, testemunhei a Igreja Católica caracterizada como uma mulher de comportamento leviano. Sobre ela recaía uma desgraça, e esse acontecimento aparentemente a deixava como morta. Pessoas que também haviam testemunhado essa situação dirigiram-se à Mãe, insistindo que esta reconhecesse a morte daquela filha. Porém, ela ignorou a solicitação. Quando me acerquei, tive a visão da Igreja aparentemente morta e, não obstante, como em um grande milagre, ressuscitando no momento seguinte. Caminhava com dificuldades, destroçada, e neste instante, dirigindo-se a mim, disse: “Vão quebrar tudo”, ao que eu interroguei “Mas isso quando?”, e ela então me respondeu: “No dia 13 de Novembro”.

No dia 07 de Outubro, ocasião do sonho acima mencionado, a Igreja Católica comemora a festa dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Em todas as suas aparições pelo mundo, a Virgem Santíssima, a Mãe de Deus, a Mãe da Igreja, tem insistido a todas as pessoas que nos dediquemos à santa oração do Rosário. Com essa forma de oração, podemos combater o pecado, o avanço do comunismo e também os ataques ao cristianismo.

Retornamos a Itapecerica da Serra, e eu carregava comigo uma verdadeira angústia. Seria mesmo conveniente dar crédito àquelas manifestações? Se eu me abrisse à comunidade, o que pensariam os monges? Se eu me calasse, o que Deus pensaria? No jardim do monastério, há uma imagem de Nossa Senhora do Rosário. Diante daquela imagem, eu costumava rezar, pedindo a ela que intercedesse constantemente pela minha salvação. Dirigi-me, então, àquele local, e solicitei a ela que me indicasse um sinal, algo que me mostrasse claramente se deveria expor a mensagem que parecia ter recebido em sonho. Tendo-me retirado ao quarto que ocupava na hospedaria, ouvi intimamente uma voz a dizer-me: “Ela está chorando”. Seria uma locução? Talvez. O

certo é que me senti impelido a procurar de novo aquela imagem, e no momento preciso em que isso aconteceu, o sol incidia diretamente sobre ela. Pude discernir assim que, na face da estátua, algumas marcas conduziam a acreditar que houvera suor e lágrimas. Os vestígios de suor na testa pareciam mais escuros, e os resíduos das lágrimas mais claros. Provavelmente a imagem já se encontrava assim antes, mas eu não havia percebido porque a luminosidade não era exatamente propícia. Tirei imediatamente fotografias, e tomei aquilo como um sinal de que deveria dar conhecimento aos outros membros da comunidade. Foi essa minha decisão.


Mostrei os retratos ao responsável pela comunidade de Itapecerica da Serra, e então me referi ao dia 13 de Novembro: a data revelada a mim naquele sonho. Teríamos novas eleições presidenciais em Outubro, e associei tudo a um avanço do movimento revolucionário no Brasil. Conforme Maria Santíssima avisara em Garabandal, o comunismo retornaria com força absoluta, e aquele aviso estava provavelmente vinculado ao estopim de uma revolta comunista. Admito que, no momento, acreditei que toda a violência sucederia no dia 13 de Novembro, conquanto posteriormente tenha afirmado que o mais provável seria supor que aquela data significasse o princípio dos acontecimentos. Decerto muitas situações estavam condensadas nos sonhos, e não era realmente provável que tudo ocorresse em um dia apenas. Observando os retratos que tirei daquela imagem de Nossa Senhora do Rosário, o dirigente da comunidade local descartou, de imediato, a possibilidade do milagre. Garantiu que as marcas eram somente sujeira, e que iria cobri-la de tinta brevemente. Isto me decepcionou. Talvez não fosse mesmo prudente o superior dar crédito imediato a tudo aquilo, não obstante, a rapidez com que ele tratou de enterrar o assunto, sem ao menos investigar o caso, deixou-me uma péssima impressão.

Se estivesse no caminho correto, portava certas informações que atribuíam a mim grande responsabilidade. Senti que necessitava propagar, o mais urgentemente possível, o caráter iminente dos acontecimentos. Sucedeu ainda outro debate acalorado em sala de estudos, e conclui que as divergências doutrinárias aflorariam constantemente. Solicitei, dessa maneira, que me liberassem durante certo tempo, com a perspectiva de retorno futuro para continuação daquele trabalho vocacional. De retorno a casa, divulguei a história através do blog, do Facebook e de outros canais de comunicação, oferecendo ao público a chance de ver as fotografias tiradas no monastério. A divulgação dos fatos desagradou os membros da congregação monástica, e poucas semanas depois recebi deles uma solicitação para que eu retirasse daqueles canais as menções que os identificassem.

Cedi às solicitações, mas mantive o restante. Na época, o texto que publiquei no blog chamava-se: Três Sonhos Sobre Ataques à Igreja e Violência Social em 13 de Novembro. Dilma Rousseff reelegeu-se, vencendo Aécio Neves em segundo turno em uma disputa bastante acirrada. Eu havia deixado o mosteiro em finais de Outubro, e tinha algumas semanas até que o dia 13 de Novembro enfim chegasse. Pela internet, divulguei o quanto consegui as experiências vivenciadas, bancando que naquela data aconteceria o estopim de uma revolução socialista no Brasil. Poucos deram realmente atenção. Mas no dia referido em sonho, uma circunstância confirmou as suspeitas. Em resposta a manifestações conservadoras ocorridas em São Paulo no começo de Novembro (após a eleição), o Movimento dos Sem-Teto convocou uma passeata exatamente para o dia 13 de Novembro (em 13 de Novembro de 2015, na França, ocorreram também os ataques terroristas que vitimaram mais de 100 pessoas). Centenas de militantes compareceram ao evento, e nessa data foi distribuído o seguinte documento:




Fazer do Brasil Uma Grande Cuba, eis a promessa do movimento revolucionário em 13 de Novembro. No documento, lemos ainda o seguinte:


“Todas as reformas só serão possíveis com uma verdadeira Revolução Socialista…” e lemos também: “Uma revolução no Brasil colocaria imediatamente o imenso proletariado brasileiro na vanguarda da revolução continental...”

No decorrer desses acontecimentos todos, sentia sinceramente que a devoção por Maria Santíssima recrudescia em mim. Porém, isso não respondia, de forma suficiente, outra questão que se revelava tão incômoda: Por que Deus se dignava a mostrar a mim, uma pessoa simples, desprovida de meios, aquilo que seria mais conveniente apresentar a outro indivíduo com maiores virtudes ou possibilidades imediatas de ação? De novo o coração preencheu-se de aflição. Não estaria sendo leviano ou até mesmo orgulhoso? Não estaria eu sendo vítima de algum engano diabólico? Mergulhei em um estado de preocupação profunda, e em dado momento tratei inclusive de me censurar por dar crédito a tantos fenômenos. Nas aparições de Garabandal, também as videntes chegaram a negar a realidade do sucedido em determinada circunstância, recuperando a confiança posteriormente. Comigo aconteceu algo semelhante. Perdi minha tranquilidade espiritual na medida em que colocava em dúvida os fenômenos, e somente quando a chama da fé reacendeu-se, tive tranquilidade novamente.

Os sonhos então continuaram. Um deles mostrou-me a dimensão tenebrosa da violência social que se abateria sobre nossa nação. A revolução era simbolizada por uma serpente de dimensões míticas. Pessoas escondiam-se em suas residências com receio, e por conta do desespero muitas delas decidiam-se pelo suicídio. Na Igreja Católica, tornava-se ainda mais e mais difícil a situação de indivíduos tradicionalistas, e alguns eram expulsos de seus recintos. Parecia verdadeiramente o mergulho em um estado de caos social sem precedentes. Tive conhecimento, por aqueles dias, que na década de trinta, Maria Santíssima também se dignou a realizar aparições extraordinárias no Brasil. Primeiro em 06 de agosto de 1936, em Pernambuco, para duas meninas chamadas Maria da Luz e Maria da Conceição.

Nossa Senhora deu o aviso:


Minhas filhas, virão tempos calamitosos para o Brasil! Dizei a todo o povo que se aproximam três grandes castigos, se não fizer muita penitência e oração.

Um sacerdote católico, a pedido de um bispo diocesano, formulou questões que deveriam ser apresentadas a Nossa Senhora.


Dizei quem sois e que quereis? – “Sou a Mãe da Graça e venho avisar ao povo que se aproximam três grandes castigos”.

Que significa o sangue das vossas mãos? – “Representa o sangue que será derramado no Brasil”.

Que é necessário fazer para desviar os castigos? – “Penitência e oração”.

Qual a invocação desta aparição? – “Das Graças”.

Que significa o sangue que corre das vossas mãos? – “O sangue que inundará o Brasil”.

Virá o comunismo a penetrar no Brasil? – “Sim”.

Em todo o País? – “Sim”.

Os padres e os bispos sofrerão muito? – “Sim”.

Será como na Espanha? – “Quase”.

Quais as devoções que se devem praticar para afastar esses males?  - “Ao coração de Jesus e a mim”.

Esta aparição é a repetição de La Salette? – “Sim”.


Tudo evidente. Nossa nação e nosso povo lamentavelmente se encaminham no sentido de uma revolução comunista, conforme anunciado por Maria em 1936 e conforme reafirmado por ela em Garabandal.

Outro sonho ocorrido neste período causou-me inquietação. Perto das fronteiras brasileiras, um exército estrangeiro (norte-americano provavelmente) assistia ao recrudescimento da violência no Brasil, e hesitava entre intervir de forma direta ou não. Em outro sonho, vi aeronaves militares modernas sobrevoando o território brasileiro, e conclui, tristemente, que a revolução decerto se transformara em uma guerra civil, com a necessidade de uma interferência estrangeira. Portanto, tratava-se de uma guerra! Teria isso algum fundamento? Novamente: não estaria eu sendo uma vítima de minha própria imaginação?

Dos dias 11 a 13 de Junho de 2015, o Partido dos Trabalhadores organizará o seu 5º Congresso Nacional. Nas últimas semanas, seus correlegionários emitiram um Caderno de Teses cujo título mais do que sugestivo não é outro senão precisamente aquele que ora segue: Um Partido Para Tempos de Guerra. Eis, portanto, as teses que serão defendidas nesse congresso:


[…] a cassação do deputado Jair Bolsonaro só terá chance de êxito se houver intensa pressão social (pg 30).

Anulação das Privatizações! Não Pagamento da Dívida! Fora os capitalistas do governo! (pg 158)

Exigir publicamente e combater pelo impeachment dos ministros do STF que votaram na farsa da AP 470 [mensalão], a liberdade imediata e anulação da sentença dos dirigentes do PT. (pg 160)

Estatizar a Rede Globo, que é concessão pública e abri-la para os movimentos sociais! […] Estatizar todas as redes, TVs e rádios RELIGIOSAS, DE QUALQUER CONFISSÃO. (pg 160)

Taxação de grandes fortunas e criação de uma nova constituição.


Todas as teses defendidas representam o avanço do movimento revolucionário no Brasil, e têm sido colocadas na prática em outros governos socialistas da América Latina. Por exemplo, na Venezuela de Chávez e Maduro. Hoje testemunhamos o surgimento de uma firme oposição direitista tomando as ruas em número maior do que as manifestações esquerdistas. Em 15 de Março de 2015, dois milhões pediram o impeachment de Dilma Rousseff, e a solicitação tem conquistado simpatizantes políticos como é caso do senador Ronaldo Caiado (Dem-GO). Neste cenário de uma oposição crescente, é admissível supor que os socialistas escolham o caminho das ações violentas. Para isso, Lula já convocou o “exército de Stédile”, e conhecemos informações acerca da entrada de militares cubanos e venezuelanos no Brasil de modo camuflado. Um dos ministros da Venezuela, Elías Jaua Milano, assinou um acordo de cooperação e treinamento entre seu governo socialista e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Podemos discernir então claramente as peças dispostas sobre o tabuleiro: os avisos de Nossa Senhora estão perto de se tornar realidade no Brasil.

SOBRE O AVISO DE GARABANDAL

Seria demasiado leviano cogitar a data do aviso de Garabandal. Nós sabemos, no entanto, certas informações a respeito dele. Primeiro, conforme disse anteriormente, será precedido pela visita do Papa (Francisco) à Rússia, e na sequência disso, existirão revoluções comunistas em diversas nações, violências sociais na Europa e perseguições à Igreja. Mas e a natureza do aviso? Temos alguma informação?

Eis o que dizem as videntes sobre o Aviso:


Quanto ao Aviso, as referências iniciais datam de 1º de janeiro de 1965. Neste dia, Conchita encontrava-se sozinha nos pinheiros, quando a Virgem comunicou-lhe que daria uma última mensagem ao mundo, a qual iria encerrar o ciclo de Garabandal. A seguir, transmitiu uma mensagem particular, que ela prontamente comunicou ao padre Laffineur. Diz o seguinte:
"O Aviso que a Virgem vai nos enviar é à maneira de castigo, para aproximar os bons mais de Deus e para advertir os demais. Em que consiste o Aviso, não posso revelar. A Virgem pediu-me para manter em segredo. Queira Deus que, graças a esse Aviso, nos emendemos e cometamos menos pecados contra ele."
"Causará mortes?" - perguntou-lhe por escrito Laffineur.
"Se morremos" - foi a resposta , "não será pelo facto do Aviso em si, mas pela emoção que teremos ao vê-lo e senti-lo".
"Palavras simples, precisas e muito claras" - comenta Laffineur ." Deviam bastar, como deveriam ter bastado as da Irmã Lúcia, de Fátima, quando, em 1938, escrevia ao seu bispo: "Creio que aquilo a que chamam de aurora boreal é justamente o sinal que a Virgem me deu de que os acontecimentos profetizados estão próximos". Tais acontecimentos fizeram mais de 26 milhões de mortos".
Sobre a natureza do Aviso, temos ainda esta explicação de Conchita à tia Maximina, que ela depois consignou por
escrito: "Disse-me que um dia iríamos sofrer um desastre horrível. Em todas as partes do mundo. Ninguém escapará. Os bons, para se aproximarem mais de Deus; os outros, para se emendarem. Seria preferível morrer a suportar, por cinco minutos que fosse, o que nos espera."
"Já a sua realização será um novo motivo de credibilidade, anunciá-lo e reafirmá-lo a todos é a solicitude mais fraterna que podemos ter para com o mundo", aconselha o padre Laffineur.
"Se eu não conhecesse o Castigo que está por vir "- continua Conchita, explicando à jovem Angelita -, "diria que não há castigo maior do que o Aviso. Mas ele durará bem pouco tempo".
"Será horrível em grau máximo" - explica ainda. "Ah, se eu pudesse contá-lo a todos vós como a Virgem me contou a mim! Ele é um fruto dos nossos pecados. Pode produzir-se de um momento para outro; eu espero-o todos os dias. Se soubessem o que é, ficariam horrorizados!".
"Por que não o torna público, para que o saibam todos os que vêm aqui?" - pergunta-lhe alguém.
"Estou cansada de dizer, ninguém faz caso."
Dias mais tarde, voltam ao assunto:
"Conchita, desde que me fez estas confidências, penso muitas vezes no céu."
"Eu também" - responde a vidente. "De modo especial quando vou para a cama. Tenho muito medo de que aconteça durante a noite. Não nos damos conta da medida com que ofendemos ao Senhor. A Virgem disse-me que todos sabem da existência do inferno e do céu. Mas pensam nisto apenas por medo e não por amor a Deus. Por culpa dos nossos pecados, seremos nós mesmos a causa da natureza do Aviso."
Outros esclarecimentos encontramos nas respostas a um questionário de 14 de Setembro de 1965:
"O Aviso é uma coisa que vem directamente de Deus. Será visível no mundo inteiro, qualquer que seja o lugar onde alguém se encontre. Será como que a revelação (interior a cada um) dos nossos pecados. Vê-lo-ão e sentirão tanto os crentes quanto os não crentes de todos os países". E mais: "É como uma purificação para o Milagre. É como uma catástrofe. Fará com que pensemos nos mortos, ou seja, que prefiramos estar mortos a sofrer o Aviso".
Quando aos efeitos sobre o íntimo de cada um, Conchita explica: "O Aviso será uma correção de consciência do mundo... O Senhor o enviará para nos purificar, a fim de podermos apreciar melhor o Milagre, pelo qual prova-nos claramente o seu amor".
Uma senhora, depois de ouvir as explicações de Conchita  observou:
"Sabe-se que está a aproximar-se da Terra um cometa. Não será isto o Aviso? "
"Não sei o que é um cometa. Mas se é alguma coisa que depende da vontade dos homens, não. Se, porém, depende de Deus, é possível."
"Saímos em direcção à igreja" - prossegue aquela senhora - e Conchita  pegou-me pelo braço." Eu disse-lhe:"
"Conchita, reze por mim, tenho medo, muito medo. "
"Sim, o Aviso é terrível! Mil vezes pior que terramotos".
A senhora empalidece.
"Qual é a natureza do Aviso?" - pergunta.
"Será como fogo. Não queimará a nossa carne, mas o sentiremos no corpo e no espírito. Todas as nações e todas as pessoas o sentirão da mesma forma. Ninguém escapará. E mesmo os não crentes conhecerão o temor de Deus. Mesmo que te metas em casa e feches a porta e os postigos, não escaparás; sentirás e verás, apesar de tudo. Sim, é verdade que a Virgem  disse-me o nome do fenómeno. Este nome existe no dicionário. Começa com A. Mas pediu-me para não revelar. "
Conchita, estou com tanto medo!
Sorrindo, ela pegou a amiga pelo braço:
"Sim, mas depois do Aviso, você amará muito mais a Deus."
Um aspecto complementar das declarações de Conchita é nos fornecido por Jacinta, em Fevereiro de 1976: "O Aviso será de muito curta duração, alguns minutos; mas esse pouco tempo tornará-se-á tremendamente longo, pela dor que nos causará... Virá sobre nós como um fogo do céu, que repercutirá profundamente no interior de cada um. À sua luz veremos com toda a clareza o estado da nossa consciência, veremos o que significa perder a Deus, sentiremos a acção purificante de uma chama abrasadora. Em resumo, será como passar pelo juízo particular ainda em vida, na intimidade de cada um" (Fonte: http://www.mensagemdegarabandal.com/ ).
 
Confesso que tive também alguns sonhos repetidos sobre a queda horrível de um asteróide. Nesses sonhos, não vislumbro os efeitos espirituais relatados pelas videntes de Garabandal. Somente o que testemunho é a expectativa de todos os indivíduos, a rota daquele asteróide indo na direção do oceano e uma data específica que se manifesta simbolicamente em todas as experiências oníricas: 18 de Dezembro. Nessa data comemoramos Nossa Senhora do Ó e a expectação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estamos próximos da natividade do Filho de Deus! Talvez esses sonhos estejam ligados ao Aviso. Não o afirmaria peremptoriamente neste momento. Quanto ao ano, acredito não ser algo tão incorreto assim atribuir maiores probabilidades ao ano de 2018.

Se estiver equivocado com relação a todas essas previsões referidas acima, que Deus tenha piedade, e que Maria Imaculada interceda continuamente por todos nós.