" " NOVA CASTÁLIA: FALTOU VERGONHA E ARTE VERDADEIRA AO SANTANDER

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terça-feira, 12 de setembro de 2017

FALTOU VERGONHA E ARTE VERDADEIRA AO SANTANDER



O caso da exposição de suposta arte patrocinada pelo banco Santander, evento que trazia obras com apologia da pedofilia, da pornografia infantil, da zoofilia, e também desrespeito a símbolos religiosos causou muita polêmica com a atuação rápida de setores da sociedade que pressionaram o banco a encerrar as atividades.
Penso no que testemunhei em fotografias na internet, ou seja, nas obras que suscitaram escândalo e, sem dúvida, concordo com a pressão exercida sobre o banco. Contudo, meditando mais profundamente a respeito do tema, me recordo que na história da literatura, houve trabalhos que abordaram temáticas complexas como a sexualidade na infância e a crítica ao cristianismo.
Por exemplo, recordo-me do romance Lolita, de Vladimir Nabokov, e de O Evangelho Segundo Jesus Cristo, obra de José Saramago. Mesmo que eventualmente ambas as obras tenham causado desagrado em pessoas mais sensíveis, não suscitaram qualquer comoção social, nem tampouco foram retiradas do mercado.
O que acontece, então, com os trabalhos expostos pelo Santander? Quando observamos, não é difícil concluir que o verdadeiro caráter artístico basicamente inexiste. Desenhar canhestramente uma criança vestida de travesti e escrever Criança Viada não oferece reflexões legítimas, nem tampouco contribuições estéticas. Trata-se somente de uma instrumentalização da arte com fins ideológicos.
Isso é necessário ser analisado. A questão não se resume apenas ao problema da temática exposta, mas sim também à baixa qualidade artística da exposição.

Gabriel Santamaria é autor de O Evangelho dos Loucos (romance), No Tempo dos Segredos (romance), Assim Morre a Inocência (contos), Destino Navegante (Poemas), Para Ler no Caminho (Mensagens e Crônicas).


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